terça-feira, 16 de março de 2010

let me raise it up...



The looking glass so shiny and new
How quickly the glamor fades
I start spinning slipping out of time
Was that the wrong pill to take (Raise it up)
You made a deal and now it seems you have to offer up
But will it ever be enough
(Raise it up raise it up)
It´s not enough
(Raise it up raise it up)

Here I am a rabbit hearted girl
Frozen in the headlights
It seems I´ve made the final sacrifice

We raise it up this offering
We raise it up

This is a gift it comes with a price
Who is the lamb and who is the knife
Midas is king and he holds me so tight
And turns me to gold in the sunlight

I look around but I can´t find you
(raise it up)
If only I could see your face
(raise it up)
Instead of rushing towards the skyline
(raise it up)
I wish that I could just be brave

I must become a lion hearted girl
Ready for a fight
Before I make the final sacrifice

We raise it up this offering
We raise it up

This is a gift it comes with a price
Who is the lamb and who is the knife
Midas is king and he holds me so tight
And turns me to gold in the sunlight

Raise it up raise it up


And in the spring I shed my skin
And it blows away with the changing wind
The waters turn from blue to red
As towards the sky I offer it

This is a gift it comes with a price
Who is the lamb and who is the knife
Midas is king and he holds me so tight
And turns me to gold in the sunlight


This is a gift

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010


Ela acorda, uma voz pouco ou nada familiar chama por ela. Abre os olhos, leva tempo a assimilar e percebe onde está. Uma cama, um armário, uma televisão e uma pequena casa de banho. Nada muito luxuoso, um quarto de hotel em frente á praia. O pequeno-almoço que tanto ansiava permanece intacto e assim permanecerá, é meio-dia de um dia quente de fim de verão e a hora de saída terminara.
No regresso a casa recorda como ali foi parar, como as coisas se desenrolam sem que tenha controlo, sem que se aperceba…rapidamente lhe passa pela cabeça todos os quartos onde dormira, todas as almofadas onde repousara a mente irrequieta e incansável, todos os sofás e camas onde repousou a carcaça que resta de um corpo, relembra todos os amantes, os amigos, as amigas, a mãe, o pai… a sua vida até então…
A muito custo virou as costas ao passado e ao que a magoava, seguiu em frente, de cabeça erguida sem nunca olhar para traz. Tudo se encaminha e encarrila, e o comboio seguia todos os dias em frente na direcção que escolhera. O rumo agradava-lhe, a cidade, as luzes, a vida preenchida, o retorno ás origens que negou tanto tempo, os novos amigos, as novas amigas, nova rotina e a mente irrequieta e incansável sossegava por fim. Pensava no que ficara para traz e nada mais que uma doce memoria restava, uma doce recordação finalmente não passava disso, uma recordação… “tenho o mundo nas mãos, a vida pela frente, a força para vencer”
Do comboio que a transporta na nova vida que se orgulha de escolher, vislumbra a paisagem que sempre ali permanecera com uma visão diferente nessa manhã quente de fim de verão. Uma onda de calor atravessa o seu corpo, um sentimento de sujidade instala-se na sua mente relativamente ao seu corpo, um peso na consciência, uma nostalgia tremenda que só lhe apetece chorar como á muito tempo não chora. O comboio pára, os pensamentos desvanecem, ela sai rumo a sua casa, na sua pequena terrinha com um sorriso nos lábios e uma lágrima no canto do olho. “Preciso dormir” pensa, “o passado á muito que não me atormenta não será hoje que o deixo entrar de novo, e talvez se pensar assim em todos estes momentos de recaída serei feliz por fim”.
Ela acorda novamente. Relembra tudo de novo, os sentimentos permanecem, mas controla-os como nunca antes o fez. A água corre-lhe pelo corpo, levando consigo a sujidade da noite anterior, pensa nesse ritual que criou com a água, lava-lhe a alma mais do que o corpo. Como se lhe apagasse todo mal que sem saber tem feito a si própria.
A mente irrequieta e incasável não sossegara apenas adormecera como já tinha acontecido inúmeras vezes antes. O tempo passa, o seu plano de fuga vai aos poucos caindo por terra, o retorno, o confronto aproxima-se e no fundo ela sabe os erros que cometera, e o quanto os seus actos terão consequências, mas ainda assim a força permanece e de cabeça erguida segue como sempre…
Ela deita-se para dormir, e aquele clic não se dá… á muito que não acontecia… não dorme. Noites passam, os fantasmas da mente voltam. “Como vim aqui parar?” “como deixei que isto me acontecesse?” “porque fugiu eu?” “de que fugi eu?” “quando parei assim no tempo e deixei de controlar a minha vida?”
Relembra as respostas e lava-se em lágrimas… deixou muito tempo tudo adormecido e nada desapareceu. Aquele sentimento que a prendera tantos anos permanece e talvez esse seja o maior desgosto da vida dela. Não conseguir que esse sentimento morra.
E afinal o caminho que escolhera não foi ela que o escolheu, escolheram-no para ela… obrigaram-na a viver a vida que nunca quis, ou que negou muito tempo para adormecer o seu eu e desaparecer… e desapareceu, parte dela morreu…
Lutara em vão para recuperar o tempo perdido, para redimir os seus erros, e como castigo, ao fim de um ano, encontra-se no mesmo sitio de onde partiu…

quarta-feira, 18 de novembro de 2009


under construction!

terça-feira, 3 de novembro de 2009


Before you go and
Leave this town
I want to see you one more time
Put your dirty angel face
Between my legs
And knicker lace

Fight me, try me
Kiss me like you like me
Twist it round again and again

I want to run away with you
Your caravan and rabbit stew
Don't buy me candyfloss or bears
Swarfega fingers, I want you there

Fight me, try me
Kiss me like you like me
Twist it round again and again

Ride me, try me
Kiss me like you like me
Twist it round again and again
Twist it round again and again

Fight me, try me
Kiss me like you like me
Twist it round again and again

Fight me, try me
Kiss me like you like me
Twist it round again and again
Twist it round again and again
Twist it round again and again

segunda-feira, 26 de outubro de 2009


wake up mary beth! goooodddd mooorrrrnnning!!!!!

Once in a house on a hill
A boy got angry
He broke into my heart

For a day and a night
I stayed beside him
Until I had no hope

So I came down the hill
Of course I was hurt
But then I started to think

It shouldn't hurt me to be free
It's what I really need
To pull myself together
But if it's so good being free
Would you mind telling me
Why I don't know what to do with myself

There's a bar by the dock
Where I found myself
Drinking with this man
He offered me a cigarette
And I accepted
'Cause it's been a very long time
As it burned 'till the end
I thought of the boy
No one could ever forget

It shouldn't hurt me to be free
It's what I really need
To pull myself together
But if it's so good being free
Would you mind telling me
Why I don't know what to do with myself

To pull myself together
But if it's so good being free
Would you mind telling me
Why I don't know what to do with myself

To pull myself together
But if it's so good being free
Would you mind telling me
Why I don't know what to do with myself

In my eyes
Indisposed
In disguise
As no one knows
Hides the face
Lies the snake
The sun
In my disgrace
Boiling heat
Summer stench
neath the black
The sky looks dead
Call my name
Through the cream
And Ill hear you
Scream again

Black hole sun
Wont you come
And wash away the rain
Black hole sun
Wont you come
Wont you come

Stuttering
Cold and damp
Steal the warm wind
Tired friend
Times are gone
For honest men
And sometimes
Far too long
For snakes
In my shoes
A walking sleep
And my youth
I pray to keep
Heaven send
Hell away
No one sings
Like you
Anymore

Hang my head
Drown my fear
Till you all just
Disappear

sexta-feira, 23 de outubro de 2009


o relógio marca agora exactamente 18h e 30m. acabo de voltar da rotina diária que adquiri á cerca de 1 ano e 1 mês. o passeio da chanel.
á relativamente pouco tempo iniciaram uma obra perto de minha casa, um edifício em ruínas foi abaixo. finalmente, penso eu! em comentário com a minha mãe, o caso muda de figura, "havias ter visto a quantidade de gatos que fugiram quando o homem entrou com a máquina para dentro da casa..." só imaginar dá-me náuseas... desde então tenho notado a presença de inúmeros gatos perdidos pelo jardim, quase todos desapareceram, mas sempre ficou aquela que aqui nasceu e aqui ficou... já mencionei este assunto várias vezes na mesa do café, " a chanel chega perto e o gato nem foge, todo atiçado, pronto a atacar e nem de mim tem medo!" hoje voltei a ver o dito gato, que não é gato, é gata, a chanel sempre pronta para brincar correu para ela, e assim notei a sua presença, e finalmente existência... em vez de me afastar como sempre faço, (acho sempre que se sentem incomodados com a presença da raça canina) fiz o típico "bish bish bish" e nem acreditei quando a ouvi miar e correr na minha direcção... :( achei que ela todos os dias esperava uma mínima demonstração de carinho e preocupação da minha parte e aquele miar foi como um finalmente! fico destroçada... a chanel cheirou-a, lambeu-a (hábito de convivência com a kitty) e voltou a sua importantíssima tarefa de roer e comer raízes... fiquei a segurar a trela com uma mão e fazer mimos na bichinha com a outra... inúmeros pensamentos passaram na minha cabeça nums meros 10m...
tenho um carinho e afecto por animais que pouca gente conheço assim, tenho uma necessidade enorme de protejo-los e no fundo acho que isso é um dever nosso, embora tenham instintos e saibam sobreviver, merecem muito mais, são dignos de certas mordomias assim como nós o somos e temos, e cabe-nos a nós proporcionar-lhes uma melhor qualidade de vida. tenho imensa pena de não puder fazer mais do que já faço, o espaço é pequeno e está lotado, mas custa-me tanto ver animais assim desprotegidos, a viver num jardim, a levar com a chuva e o vento que se tem visto... sozinhos no mundo... até choro...
trouxe a chanel de volta a casa e voltei a descer com um saquinho cheio de comida da kitty para lhe dar, e a gata permanecia exactamente no mesmo sitio... fiquei a vê-la comer um bocado e lá tive de a deixar antes que aquela descarga de adrenalina voltasse e a metesse debaixo do braço para a levar para minha casa... claro que a teria de devolver á rua e isso iria custar-me ainda mais... a casa não é minha e mais uma vez o espaço é pequeno... mas uma coisa garanto a mim própria, e talvez para isso tenha servido esta situação, não vou adiar muito mais a carta dirigida á câmara municipal de ovar com a proposta da ampliação do canil para albergar gatos também... nenhum animal me passa indiferente, principalmente nestas condições, e pergunto-me " será que só eu sinto isto e sofro com isto?" são tão poucas as pessoas que reparam nestas coisas... que dão importância, que realmente se preocupam... eles observam as nossas vidas atarefadas, não nos pedem nada e nós nada lhes da-mos, mas hoje senti mesmo que muitas vezes um carinho é tudo o que lhes mais faz falta... quantos gatos e cães existirão sem nunca terem sentido o que é uma festinha, um miminho? imaginem o que é viver assim... quase invisíveis e forçosamente inexistentes...

domingo, 18 de outubro de 2009


You said I began

This messy state of love affair

And I drink too much and smoke too fast

And this city's cleared my innocence



Coffee is pouring out my ears

It’s the only thing they have in here

And my heart stops beating



And when it starves it starves

My heart stopped beating

And when it starves it starves

My heart stopped beating



Number tree still on my plate

I heard the trains are running late

And I laugh out loud

My life is a mess

I have gone too far

In my lifelessness



Another coffee it’s on the house

The pour girl look is on the owners face

And my heart stopped beating



And when it starves it starves

My heart stopped beating

And when it starves it starves

My heart stopped beating



Outside your house

To make a scene

In my head to grabbed me passionately

But the lights are out

And in an hour I walked on home

In the pouring shower

Lost my keys in front of me

My neighbor's smile he’s handing me

The blackest coffee you will ever see



And my hearts stopped beating



And when it starves it starves

My heart stopped beating

And when it starves it starves

My heart stopped beating

segunda-feira, 12 de outubro de 2009


não é que seja novidade, mas talvez o exagero só agora me despertou o interesse.
somos montras, uma qualquer jogada de publicidade e marqueting, desfilamos nas ruas como se algo muito importante estivesse a acontecer. perfeitas dos pés á cabeça, e bebemos e fumamos, atacamos, somos homens mais bonitos. caímos no ridículo com um traje menos tapado ou talvez sem nenhum mas sempre de cabeça erguida.
o glamour, a sensualidade, a delicadeza, o mistério, guardados numa gaveta das nossas avós, adormecidos...
é impossível escapar aos olhares críticos de umas e das outras, impossível escapar ao nosso próprio criticismo, aos olhares de uns e dos outros que nos escolhem a dedo, se servem e deliciam com um tamanho consentimento mudo.
e a desculpa é sempre a mesma, direitos de igualdade, bla bla bla bla bla...
tenho uma opinião formada á cerca desta nova postura da mulher na sociedade, é um facto que nada nem ninguém nos pode ou vai tirar o direito de sermos o que quisermos e fazermos o que bem entendermos, até aqui, o meu total apoio, é um facto que a mentalidade evolui, que esta questão não é questionada, é natural e necessario, mas vejamos: porquê nos tornarmos tão fúteis? descartáveis? não há nada como a subtileza nos actos. afinal somos a base de tudo, somos as mães, as avós, as sábias, e de um momento para o outro esquecemos a importancia do nosso papel, quebramos o equilibrio...
vá lá, não se iludam, o destino é certo, o instinto permanece, como vai isto acabar?? o que temos afinal para ensinar?? abram as vossas mentes, sim, mas fechem mais as perninhas... ou pelo menos usem-se da inteligência e sejam subtis...
somos princesas, magnificas, o ser mais incrivel, um universo para ser explorado, somos, para sempre, delicadas bailarinas....

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

e já agora!!
pareço eu depois da night!!
XD


é um facto que nao venho aqui á algum tempo...
o que nao significa que não haja nada á espera de sair...
só mesmo falta de meios...
um miminhu :)




i walked all morning to lift my heart
cause the world keeps dancing with the paper man
i love you never talk in dreams
i always hear your happiness is real
oh make some big jumps, big jumps you afraid to break some bones
come on make some big jumps, big jumps life is your saulte
you hold your head up, your head up high like you think i do

sometimes i feel so confused
i'm under the illusion that i have to choose
i love you always know the way
the way back home always is the same
oh make some big jumps, big jumps you afraid to break some bones
come on make some big jumps, big jumps life is your saulte
you hold your head up, your head up high like you think i do

tick tock, this clockwork will stop
you're the key for winding up my heart
brick, brack if you don't wind me up
this guy will lie upon me lke a passed out drunk
without you i will never rise again, without you i will never rise..

hey there, sunshine in my heart
i know life is long but it goes so fast
i love you never feeling old
you never bought the rubbish that they sold

oh make some big jumps, big jumps you afraid to break some bones
come on make some big jumps, big jumps life is your saulte
you hold your head up, your head up high like you think i do

oh do some big jumps, big jumps you afraid to break some bones
come on make some big jumps, big jumps life is your saulte
you hold your head up, your head up high like you think i do

<3 * * *

terça-feira, 21 de julho de 2009



Essa minha e tua forma estranha de viver, de sentir de coexistir.
Essa estranha forma de pensar e de falar, transmitir, comunicar.
Estranha forma essa talvez de amar ou odiar, ou apenas estar, ou não estar.
Forma estranha essa de te ter e não ter, de não gostar e te querer.
Estranha essa forma de ser, e não ser, tu não és e eu não sou.
Forma essa estranha de querer esquecer, e daqui não sais…

fotografia por Ligia Claro

terça-feira, 7 de julho de 2009


Acordei com a estranha sensação de que me esqueci de como se comunica, como se inter-relaciona, de como se tem uma conversa, como se formam palavras seguidas de frases, talvez não no sentido literal do que digo, mas algo mais racional, lógico, palavras e frases com sentido e sentidas… acho tenho ouvido demasiado “trash” ultimamente, condeno-me por isso, talvez eu provoque esse “trash talck” ou nu mínimo me deixe levar por ele… ou não… não sei bem… sei que falo muitas vezes sem moral para o fazer…isso sim, eu sei…
Procuro em parte justificar este défice comunicativo, interactivo, e de facto ultimamente quase posso dizer que tenho frequentado em demasia não lugares… não lugares: espaços públicos de relacionamento textual. É engraçado como há coisas que aprendemos que nos perseguem o resto da vida, e por vezes nos chegam a atormentar. Até no meu actual local de trabalho me sinto uma não pessoa num não lugar, uma máquina programada, repetindo inúmeras vezes, horas a fio o mesmo texto previamente ensaiado, “boa tarde”, “menu?", ”para beber?”, “são €4.55 por favor”, “obrigada, bom apetite” seguido de “próxima paragem Ovar, estação terminal, a CP agradece a sua preferência esperando contar consigo numa próxima oportunidade”… enfim. Até se decora essas não comunicações desses não lugares…
Cinco dias da semana que me arrastam para uns dois dias de inconsciência total, não existe outra palavra para o meu estado nesses dois dias, não sou eu, é uma outra pessoa qualquer que se apodera de mim, que me quer libertar dos cinco dias passados, que me adormece e desperta em mim tudo aquilo que eu não sou… rodeada de dezenas, centenas, milhares de pessoas, e o meu estado de inconsciência não me permite comunicar, interagir, e lá surge o “trash talck” mais uma vez, ouço com atenção como se fosse super interessante palavras e conversas que no fundo não me dizem nada, e afinal, amanha nem me vou lembrar, pois não sou eu, eu estou adormecida… mas e as dezenas, centenas e milhares de pessoas que me rodeiam?? Estão possuídas também por alguém que não são elas? Que não as permite comunicar e interagir como são? Ou a culpa será só minha? Hummm parece-me que andamos mesmo todos adormecidos levitando neste mundo…seria bom haver um dispositivo que pudéssemos ligar algures no nosso corpo que conte-se toda a informação, conhecimento e as vezes o resto de inteligência que temos, seria útil nestes momentos de inconsciência… pelo menos daria um mínimo de realidade e lógica á situação… ou talvez eu me preocupe demasiado e ande a subestimar-me demasiado. Provavelmente será mais isso, efeitos secundários de uma regressão de futura designer a operadora estagiária de caixa.
Finalmente chega domingo, serão 8h, 9h da manhã e eu deito a cabeça numa almofada, talvez em minha casa, na minha cama no meu sofá, ou na cama ou sofá de um 5º esquerdo traseiro na rua da alegria… irónico, muito irónico a rua se chamar assim e eu não ver nela alegria nenhuma… nem nela e nem em quase parte alguma. Abro os olhos e sou eu de novo, relembro por onde levitei toda a noite, relembro as pessoas, os rostos, e nada de conversas, não existiram, é como se estivesse sozinha toda a noite… ou nem estivesse, não existisse…
Preciso urgentemente de um guião para esta vida, com palavras, conversas textos, uma máquina de escrever invisível que digite e comunique por mim, de um escantilhão que me desenhe as letras, de uma boca que fale e um cérebro que pense, se é que me faço entender…

quinta-feira, 25 de junho de 2009


Não quis guardá-lo para mim
E com a dimensão da dor
Legitimar o fim
Eu dei
Mas foi para mostrar
Não havendo amor de volta
Nada impede a fonte de secar
Mas tanto pior
E quem sou eu para te ensinar agora
A ver o lado claro de um dia mau

Eu sei
A tua vida foi
Marcada pela dor de não saber aonde dói
Mas vê bem
Não houve à luz do dia
Quem não tenha provado
O travo amargo da melancolia
E então rapaz então porquê a raiva
Se a culpa não é minha
Serão efeitos secundários da poesia

Mas para quê gastar o meu tempo
A ver se aperto a tua mão
Eu tenho andado a pensar em nós
Já que os teus pés não descolam do chão
Dizes que eu dou só por gostar
Pois vou dar-te a provar
O travo amargo da solidão

É só mais um dia mau


ornatos violeta no seu melhor!
the end!
http://www.youtube.com/watch?v=fUT8t2gbOmc

terça-feira, 16 de junho de 2009



Vi-me confrontada com uma pergunta á qual não tentava responder á alguns largos anos... desde os tempos de soares dos reis… e que tempos!!!! Sim, aí teorizava-se tudo quanto possível, agora a prática, a técnica prevalece deixando para traz muitas teorizações outrora importantíssimas!
Surge-me então o confronto dos últimos anos, espaço de 8\9 anos mais precisamente, as evoluções, o que ficou para traz quase esquecido… a plasticidade, o meter as mãos na matéria e fazer surgir, o analógico, as montagens e as colagens… os teares… como tenho saudades dos teares… das tapeçarias contemporâneas, das nuvens e dos quadradinhos, das aguarelas e guaches, das tardes quentes que passávamos a tingir, ao sol num telhado caindo de podre… as instalações, as recordações que deram lugar a uma era digital, photoshopadas, manipulações demasiado fáceis, objectivos concretizados num espaço de um clic! Sim, que seria eu sem o meu abençoado PC??? Coisa nenhuma, admito-o enquanto alguém que procura ser futura designer… mas que espécie de artista serei eu num contexto como este? Que esqueceu os ensinamentos primários, a base na qual assenta qualquer tipo de manifestação artística. Sim, pergunto-me, onde deixaste os renascentistas, os românticos, os surrealistas, os futuristas, os cubistas, os impressionistas, e todos os outros que se manifestavam não num clic mas numa pincelada?? Gostava de saber em que gaveta os meti… talvez me deixasse de querer ser tão moderna… e talvez o fosse mais se regredisse muitas vezes…
Daí me surgir a pergunta á qual, na minha fase inicial de instrução no âmbito artístico, respondi inúmeras vezes. Faço rewind e sei perfeitamente como a responderia, baseando-me apenas no que sabia… e hoje, passados uns 5 anos ou talvez mais, a instrução abordou campos mais evoluídos e em evolução, e eu vejo-me num beco sem saída, não encontrando forma de teorizar a famosa resposta, sem ser com as palavras que outrora usei… e, afinal, anos passaram e eu não parei no tempo, segui as tendências, as modas, aderi, instrui-me, moldei-me e dou por mim num anfiteatro de século passado, com cadeiras de prancheta incorporada, ambas riscadas e rabiscadas que quase sei os rabiscos de cor, com um qualquer teste de historia da arte na mão, respondendo a…
O que é arte?

Sim beta, o que é hoje ARTE para ti?
Pois pouco lhe acrescento, arte é toda a forma, sentimento, loucura, vontade, necessidade, manifesta de qualquer forma, em qualquer suporte, congelamento de momentos, sentimentos, vivencias… é um meio encontrado pelo ser de se expressar, libertar, de gritar sem ensurdecer… arte é o espelho da sociedade, o espelho da humanidade (ou do que resta dela), é o espelho da realidade, (pois no fundo não passa de uma mentira, hipocrisia…), arte é o impulso, é a repulsa pela razão, pelo correcto e concreto…e para mim, hoje, na arte reside a utopia, não há limitações, constrangimentos, inibições, nada é necessariamente regrado ou controlado, quase me atrevo a dizer que arte é anarquia!!!!

segunda-feira, 1 de junho de 2009




Il fut un temps où rien n'était éteint
Où seul l'or de mon coeur donnait l'heure
Et alors j'étais fort, mais j'ai perdu la fleur et l'innocence
Dans ce décor je me sens perdu, rien n'a plus de sens
Mais j'ai encore quelques rêves et si tant est que j'aie le temps
J'irai caresser leurs lèvres
J'ai encore quelques rêves
Et si tant est que j'aie le temps j'irai caresser leurs lèvres
Il fut un temps où rien n'était éteint
Où seul l'or de mon coeur donnait l'heure
Et alors j'étais fort, mais j'ai perdu la fleur et l'innocence
Dans ce décor je me sens perdu, car rien n'a plus de sens

Si le temps avance trop
Je me sens de taille

Je suis un enfant
Je refuse le temps

Je regarde le ciel et cet arc-en-ciel qui m'apaise
Je regarde la lumière et puis j'erre dans mes rêves

Oublier le temps
Rester un enfant


5.00 a.m. lethal tea*





TUDO, MUITO, POUCO, NADA...

I undressed you with my eyes I have
Maybe even raped you
In a dark and eerie corner of my mind
I tucked you there
And touched you in a dream last night
Pushed you aside when you entered
My thoughts at the wrong time
I have sat up upon your lap and
Saddled my thighs around your hips like ropes
I rode you on a chair and in the shower
And all the while I clung heavy to your back
My desire deeply harnessed in your spine
While I squeezed you like a tree trunk
You may have been one
Sexless and comfort in your mind
Even barer than a child's
I'm riding recklessly through a thick and humid
Jungle growing anxious with the deep and primal
Yearning that stirs
Deeply pulsing up toward the surface
Like sap rising or honey or tar



Oh sailor
Oh sail me
Silver mast do impale me
Oh windless
Oh windy
Remind me
Rewind me
Oh laughter
Oh laughless
Just sing this
Just mean this
Infinity whispered to me
A mumble so dreamy
A soft sound so creamy
So dreamy
Dreamy
Infinity whispered to me
A mumble so dreamy
A soft sound so creamy
So dreamy
So dreamy
So dreamy

cocorosie*

segunda-feira, 18 de maio de 2009



I fly like paper, get high like planes
If you catch me at the border I got visas in my name
If you come around here, I make 'em all day
I get one down in a second if you wait


Sometimes I think sitting on trains
Every stop I get to I'm clocking that game
Everyone's a winner, we're making our fame
Bonafide hustler making my name

All I wanna do is (BANG BANG BANG BANG!)
And (KKKAAAA CHING!)
And take your money


Pirate skulls and bones
Sticks and stones and weed and bongs
Running when we hit 'em
Lethal poison through their system


No one on the corner has swagger like us
Hit me on my Burner prepaid wireless
We pack and deliver like UPS trucks
Already going hell just pumping that gas


All I wanna do is (BANG BANG BANG BANG!)
And (KKKAAAA CHING!)
And take your money

M.I.A.
Third world democracy
Yeah, I got more records than the K.G.B.
So, uh, no funny business

Some some some I some I murder
Some I some I let go
Some some some I some I murder
Some I some I let go


riding trains!!

quarta-feira, 15 de abril de 2009


Quase sinto uma aversão pelo ser humano, a sua condição incomoda-me.
A busca pela autonomia, independência, a ilusão de liberdade, o ser enquanto existo acima de tudo, de qualquer deus ou força maior, fisicamente desprovido de forças superiores, incapazes, dependente de outrem… sim… no meio de uma multidão avisto umas pernas deitadas na estrada… o meu coração estremece, o sentimento de culpa, de incapacidade, e ali está, um ser incapaz, jorrando sangue, dependente da compaixão, pena até, de um outro ser alheio a tudo o que se passa… é avassalador o confronto com a vida e morte, com a incapacidade que nos foi conferida… a condição de que mais cedo ou mais tarde serei eu, deitada, jorrando sangue, dependendo… arrepiante, como toda a autonomia, independência, liberdade nada faz para nos tirar da situação de sufoco, e só apenas alguém o poderá fazer por nos… enoja-me…
Não faz sentido a existência com o fim de um dia inexistir… uso como exemplo próximo a vivência dos meus pais, observo e reflicto, a inconsciência de um, a ignorância face á sua condição, a vida despreocupada, para no fim lutar por segundos, a consciência exagerada e obsessiva do outro, lutando todos os dias pelos segundos a mais finais, duas vidas de extremos conjugadas numa, em que o fruto é alguém inconscientemente consciente da sua condição. Concluo que a morte me assombra, sem dúvida, mas mais que ela, assombra-me a vida. Mais precisamente ter de viver para morrer.
Persegue-me o medo das alturas, as vertigens, as falésias, os abismos, e por vezes questiono-me se será medo de cair, ou medo de ter coragem de me atirar, todos os dias, em diferentes contextos imagino inúmeras possibilidades de morte, seja de pessoas em redor, a minha, ou mesmo quando passeio a chanel na rua, quando atravesso a estrada, e imagino uma roda sobre uma espécie de papa presa á trela que seguro na mão… o quanto me magoa, o quanto no fundo do meu ser sei que nunca magoaria ninguém e muito menos a mim própria embora seja consciente que temos esse direito e possibilidade, e se o fizesse por algum motivo, o quanto me destruiria, e o quanto não consigo evitar imaginar… tenho a certeza de que estes pensamentos quase psicóticos não me atormentam apenas a mim, e por isso não me incomodam nem me desencorajam, mas essa parte não material do ser humano, essa consciência da qual eu preferia ser desprovida somada á condição física, faz-me por vezes questionar-me a mim própria, é controverso afirmar-me como alguém que sabe quem é, de onde veio e para onde vai, ter a certeza, ou pelo menos ter fé, na vida para alem da morte, viver confrontada com questões às quais nunca terei resposta.
Então somos o exemplo da auto-destruição, consciente, lenta e regulada, morte adiada, e ali estou eu, em cima de um pedaço de terra que esconde um abismo atrás, saboreando a brisa e um dos muitos momentos passados á beira mar, e as pernas não tremem mas o coração salta.

segunda-feira, 6 de abril de 2009



and so you tell me,
i'm some kind of utopic fantasy?
i'm just a girl wanting to see those pearls across your floor...
i'm nothing more...
And so I said,
I love her…
All my desire lay on that floor, where pearls suppose to be…
You are just a fantasy…
You are nothing more.
And so we thought,
So sad those kiss…
What we suppose to do when we cross the line?
And the pearls? Are they real?
Or just an insignificant fragment of your utopia?
why you make them wait a life time?
i want to be with you
and you want me to....

sábado, 28 de março de 2009


I saw you standing on the corner, you looked so big and fine.
I really wanted to go out with you, so when you smiled,
I laid my heart on the line
You read me my rights and then you said "Let's go" and nothing more
I thought of my nights, and how they were
They were filled with

I know you wouldn't go
You'd watch my heart burst then you'd step in
I had to know so I asked
You just had to laugh

We sat in the night with my hands cuffed at my side
I look at your life and your style
I wanted nothing more
I know you wouldn't go
You'd watch my heart burst then you'd step in
I had to know so I asked
You just had to laugh

Walking the line, you were a marksman
Told me that law, like wine, is ageless
Public defender
You had to admit
You wanted the love of a sex offender

I know you wouldn't go
You'd watch my heart burst then you'd step in
I had to know so I asked
You just had to laugh

My vision in blue, I call you from inside my cell
And in the trial, you were there
With your badge and rubber boots

I think all the time how I'm going to perpetrate love with you
And when I get out, there's no doubt I'll be sex offensive to you
blondie

segunda-feira, 23 de março de 2009


last train to wherever
Spending our days translucent, in and out of everything
Hanging out with strangers that’s the way that we begin
Staring at the sun, thinking it’s the moon,
A tiny indication it’s gonna happen soon.
But not like you expect these silhouettes are getting closer
They bring you what you need never what you hope for.
I guess by now they shoulda told ya
I guess by now they’re getting closer.

There’s so many things I just don’t wanna say,
Like have you got the stuff I need a good day
There’s so many things I just don’t wanna do
But your way is my way so walk on through
Did you get the letter, the one I never sent ya
I’m all alone on my own misadventure, seeking something
That I don’t wanna find, cos if I do there’s no rewind.

Spraying our names on the trains in silver and black
Then I make my way back across the tracks
I can always find you wherever you are
There’s fire in your eyes in the miracle park
I’m on the very last train to wherever, reckon that
I’ll see you sometime like never, not even in
My wildest did I think that it would go like this,
Moving through the air, crazy kinda poet kid

I owe you this I say to myself
I owe you this and nothing else
telepopmusik



Sit Still, and close your eyes
What’s behind the other door
No more silence, don’t kill this thing we got called love
Just searching for the perfect drug

When Love comes calling
Don’t look back
When love comes calling
Don’t look away

And I’m standing over here
Watching you over there
Smiling, happy, unaware
Oh, life is spinning round
You’re going underground, forgetting who we were
Let’s try and keep it just one more day

You take your love
And throw it all around
Like it’s nothing special
Just a sound
Let me say one more thing
I don’t think you realize
That a day is like a year sometime
telepopmusik

quinta-feira, 19 de março de 2009


bé & fred! pic by hugo marques!

quarta-feira, 18 de março de 2009


ohhh great!!!!! now i'm a fucking pinup....
pic by frederico pinto!


5º ET em frente aos allianz!!! ;)

light graffiti
Tenta. Fracassa. Não importa. Tenta outra vez. Fracassa de novo. Fracassa melhor
samuel beckett

segunda-feira, 16 de março de 2009



a maior de todas as ursas!!!!!!!

sábado, 14 de março de 2009















I'm Feelin rough I'm Feelin raw I'm in the prime of my life.
Let's make some music make some money find some models for wives.
I'll move to Paris, shoot some heroin and fuck with the stars.
You man the island and the cocaine and the elegant cars.

This is our decision to live fast and die young.
We've got the vision, now let's have some fun.
Yeah it's overwhelming, but what else can we do?
Get jobs in offices and wake up for the morning commute?

Forget about our mothers and our friends.
We were fated to pretend.

I'll miss the playgrounds and the animals and digging up worms.
I'll miss the comfort of my mother and the weight of the world.
I'll miss my sister, miss my father, miss my dog and my home.
Yeah I'll miss the boredom and the freedom and the time spent alone.

But there is really nothing, nothing we can do.
Love must be forgotten. Life can always start up anew.
The models will have children, we'll get a divorce,
we'll find some more models, Everything must run its course.

We'll choke on our vomit and that will be the end.
We were fated to pretend.

MGMT


São como cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,

cruéis, desfeitas,

nas suas conchas puras?

Eugénio de Andrade


Porque os outros se mascaram mas tu não

Porque os outros usam a virtude

Para comprar o que não tem perdão.

Porque os outros têm medo mas tu não.



Porque os outros são os túmulos caiados

Onde germina calada a podridão.

Porque os outros se calam mas tu não.



Porque os outros se compram e se vendem

E os seus gestos dão sempre dividendo.


Porque os outros são hábeis mas tu não.



Porque os outros vão à sombra dos abrigos

E tu vais de mãos dadas com os perigos.

Porque os outros calculam mas tu não.

Sophia de Mello Breyner


Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?

Fernando Pessoa

domingo, 8 de março de 2009




chanel*



love can damage your health...












And you don't know me
(Black ice) inside me
It's nothing so different
Don't close the door
I'm not asking for more
I've gotta give my life to you
In just one second that was true
Keep me feelin' so (rebuked)
You know why yesterday was a lie

And even when you're sad, I walk away
And even when you're happy, I stay

Did I sell my soul for this feeling, so long ago?
Did I give my heart for that waste of time?

I'm not asking for much,
Don't hide me, and you wonder (why I hide)

Did I sell my soul for that feeling?
You know why yesterday was a lie
I can't keep thinking I was right
Don't go....
telepopmusik



light gragffiti



Portentous numerical
Expressions, quadratic equation,
Fed through infrasonic information
Transverse waves of interplanetary
Tremors, the meaning of life I
Don’t remember, there’s a golden
Ratio above my head, it’s scientific,
It’s natural, it’s incorrect it’s
Scientific, it’s natural, it’s incorrect
It’s scientific, it’s natural, it’s
Incorrect
telepopmusik

quarta-feira, 22 de outubro de 2008



industrializa_te


what goes up must come down...


moliceiros



honney bunny



tipografia


mais coisas da minha terra... ria de aveiro... mas em ovar....

quarta-feira, 1 de outubro de 2008




auto-retrato



secret window



luz rasa, fim do dia, fim do mundo...até manha!!