quinta-feira, 25 de junho de 2009


Não quis guardá-lo para mim
E com a dimensão da dor
Legitimar o fim
Eu dei
Mas foi para mostrar
Não havendo amor de volta
Nada impede a fonte de secar
Mas tanto pior
E quem sou eu para te ensinar agora
A ver o lado claro de um dia mau

Eu sei
A tua vida foi
Marcada pela dor de não saber aonde dói
Mas vê bem
Não houve à luz do dia
Quem não tenha provado
O travo amargo da melancolia
E então rapaz então porquê a raiva
Se a culpa não é minha
Serão efeitos secundários da poesia

Mas para quê gastar o meu tempo
A ver se aperto a tua mão
Eu tenho andado a pensar em nós
Já que os teus pés não descolam do chão
Dizes que eu dou só por gostar
Pois vou dar-te a provar
O travo amargo da solidão

É só mais um dia mau


ornatos violeta no seu melhor!
the end!
http://www.youtube.com/watch?v=fUT8t2gbOmc

terça-feira, 16 de junho de 2009



Vi-me confrontada com uma pergunta á qual não tentava responder á alguns largos anos... desde os tempos de soares dos reis… e que tempos!!!! Sim, aí teorizava-se tudo quanto possível, agora a prática, a técnica prevalece deixando para traz muitas teorizações outrora importantíssimas!
Surge-me então o confronto dos últimos anos, espaço de 8\9 anos mais precisamente, as evoluções, o que ficou para traz quase esquecido… a plasticidade, o meter as mãos na matéria e fazer surgir, o analógico, as montagens e as colagens… os teares… como tenho saudades dos teares… das tapeçarias contemporâneas, das nuvens e dos quadradinhos, das aguarelas e guaches, das tardes quentes que passávamos a tingir, ao sol num telhado caindo de podre… as instalações, as recordações que deram lugar a uma era digital, photoshopadas, manipulações demasiado fáceis, objectivos concretizados num espaço de um clic! Sim, que seria eu sem o meu abençoado PC??? Coisa nenhuma, admito-o enquanto alguém que procura ser futura designer… mas que espécie de artista serei eu num contexto como este? Que esqueceu os ensinamentos primários, a base na qual assenta qualquer tipo de manifestação artística. Sim, pergunto-me, onde deixaste os renascentistas, os românticos, os surrealistas, os futuristas, os cubistas, os impressionistas, e todos os outros que se manifestavam não num clic mas numa pincelada?? Gostava de saber em que gaveta os meti… talvez me deixasse de querer ser tão moderna… e talvez o fosse mais se regredisse muitas vezes…
Daí me surgir a pergunta á qual, na minha fase inicial de instrução no âmbito artístico, respondi inúmeras vezes. Faço rewind e sei perfeitamente como a responderia, baseando-me apenas no que sabia… e hoje, passados uns 5 anos ou talvez mais, a instrução abordou campos mais evoluídos e em evolução, e eu vejo-me num beco sem saída, não encontrando forma de teorizar a famosa resposta, sem ser com as palavras que outrora usei… e, afinal, anos passaram e eu não parei no tempo, segui as tendências, as modas, aderi, instrui-me, moldei-me e dou por mim num anfiteatro de século passado, com cadeiras de prancheta incorporada, ambas riscadas e rabiscadas que quase sei os rabiscos de cor, com um qualquer teste de historia da arte na mão, respondendo a…
O que é arte?

Sim beta, o que é hoje ARTE para ti?
Pois pouco lhe acrescento, arte é toda a forma, sentimento, loucura, vontade, necessidade, manifesta de qualquer forma, em qualquer suporte, congelamento de momentos, sentimentos, vivencias… é um meio encontrado pelo ser de se expressar, libertar, de gritar sem ensurdecer… arte é o espelho da sociedade, o espelho da humanidade (ou do que resta dela), é o espelho da realidade, (pois no fundo não passa de uma mentira, hipocrisia…), arte é o impulso, é a repulsa pela razão, pelo correcto e concreto…e para mim, hoje, na arte reside a utopia, não há limitações, constrangimentos, inibições, nada é necessariamente regrado ou controlado, quase me atrevo a dizer que arte é anarquia!!!!

segunda-feira, 1 de junho de 2009




Il fut un temps où rien n'était éteint
Où seul l'or de mon coeur donnait l'heure
Et alors j'étais fort, mais j'ai perdu la fleur et l'innocence
Dans ce décor je me sens perdu, rien n'a plus de sens
Mais j'ai encore quelques rêves et si tant est que j'aie le temps
J'irai caresser leurs lèvres
J'ai encore quelques rêves
Et si tant est que j'aie le temps j'irai caresser leurs lèvres
Il fut un temps où rien n'était éteint
Où seul l'or de mon coeur donnait l'heure
Et alors j'étais fort, mais j'ai perdu la fleur et l'innocence
Dans ce décor je me sens perdu, car rien n'a plus de sens

Si le temps avance trop
Je me sens de taille

Je suis un enfant
Je refuse le temps

Je regarde le ciel et cet arc-en-ciel qui m'apaise
Je regarde la lumière et puis j'erre dans mes rêves

Oublier le temps
Rester un enfant


5.00 a.m. lethal tea*





TUDO, MUITO, POUCO, NADA...

I undressed you with my eyes I have
Maybe even raped you
In a dark and eerie corner of my mind
I tucked you there
And touched you in a dream last night
Pushed you aside when you entered
My thoughts at the wrong time
I have sat up upon your lap and
Saddled my thighs around your hips like ropes
I rode you on a chair and in the shower
And all the while I clung heavy to your back
My desire deeply harnessed in your spine
While I squeezed you like a tree trunk
You may have been one
Sexless and comfort in your mind
Even barer than a child's
I'm riding recklessly through a thick and humid
Jungle growing anxious with the deep and primal
Yearning that stirs
Deeply pulsing up toward the surface
Like sap rising or honey or tar



Oh sailor
Oh sail me
Silver mast do impale me
Oh windless
Oh windy
Remind me
Rewind me
Oh laughter
Oh laughless
Just sing this
Just mean this
Infinity whispered to me
A mumble so dreamy
A soft sound so creamy
So dreamy
Dreamy
Infinity whispered to me
A mumble so dreamy
A soft sound so creamy
So dreamy
So dreamy
So dreamy

cocorosie*